Paula Barbosa, a Zefa de Pantanal, celebra retorno triunfal à telinha

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Paula Barbosa, a Zefa de Pantanal, celebra retorno triunfal à telinha

Paula Barbosa revela como foi entrar para o elenco da novela Pantanal, as semelhanças com a personagem Zefa e como se divide na vida de atriz, empresária e mãe: “O Pantanal muda a nossa vida. Existe antes e pós-Pantanal”

Paula Barbosa - FOTOS: Selmy Yassuda. AGRADECIMENTO: o Rio Olympic Golf Course


Para a atriz Paula Barbosa , integrar o elenco de Pantanal, trama das 9 da Globo, é mais do que especial. Além de marcar sua volta para a TV, ainda é uma novela marcante na carreira do avô, o autor Benedito Ruy Bar­bosa. Intérprete da Zefa na adaptação escrita pelo primo, Bruno Luperi, a paulistana diverte o público. Fora de cena, ela se divide entre as múltiplas funções: a de uma atriz que gosta de cantar; a da empresária, sócia de várias lojas; a da mulher do produtor musical Diego Dália e a de mãe do pequeno Daniel.

– Como tem sido fazer parte do remake de Pantanal?

– A emoção é tão grande que é difícil definir em palavras. Foi uma novela muito importante para o meu avô, para a nossa família toda, né? Um trabalho que ficou engavetado por muito tempo, era um sonho do meu avô e ele acreditou, até que aconteceu. Então, isso também é uma lição de vida. Eu tinha a idade que meu filho tem hoje e ele assiste à novela. Meu primo Bruno reescrevendo a trama... A emoção é indescritível.


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– Quando soube do remake, ficou com vontade de fazer?

– Fiquei doida, mas é difícil. Deve parecer que fiz assim: “Vô, quero fazer essa novela”. E ele disse: “Tá bom!”. Não é assim que funciona. Quando meu avô quis que eu fizesse, aí foi um “Caramba, então é isso!”. Só que depende de muitas coisas, ainda ia ser definida direção, que seleciona o elenco junto com o autor, tem o perfil dos personagens. Por um bom tempo, fiquei na expectativa de que poderia não acontecer. Aí, recebi a notícia de que eu faria a novela e seria a Zefa. Foi só alegria!




–Você já conhecia o Pantanal?
– Não. E chegar lá... O Pantanal muda a vida! Existe antes e pós-Pantanal. Cheguei um pouco na agitação de cidade. Sou paulistana, foi difícil a adaptação, só que uma hora você se entrega e deixa o Pantanal te dar. Foi incrível, a experiência mexeu comigo!

– Como ficou a saudade do filho, do marido?

– Essa foi a parte mais difícil. Por isso, acho que não foi fácil me entregar. Falava com eles todos os dias por vídeo, mas não é a mesma coisa, o sinal às vezes era ruim. Eu nunca tinha ficado 24 horas longe do meu filho. Então, aprendi muito com a situação e ele amadureceu bastante também.


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– Eles moram em São Paulo, você grava no Rio de Janeiro...
– Esse é meu primeiro trabalho depois da maternidade. Antes, eu estava acostumada, vinha para o Rio de Janeiro, voltava... Mas faz parte, é o que eu amo fazer. Sempre quis muito ser mãe, então, amo viver a maternidade, gosto de curtir cada segundo que posso com meu filho. Mas tenho consciência de que a gente não pode deixar de ser o que a gente é pelos filhos, porque eles vão crescer e vão pra vida. E, depois, de repente, posso virar uma mãe amargurada, jogar a frustração nas costas dele de algum jeito. Não quero isso para a minha vida, para a minha relação com o meu filho. Tenho estrutura para isso, o pai está cuidando, tem a família em São Paulo, o Daniel vem pra cá também. Ele está orgulhoso e até imita umas falas da Zefa.




– Você tem algo em comum com a personagem?
– Eu tinha em comum com ela essa coisa da sinceridade, de se meter um pouco nas coisas onde você não foi chamada. Na escola, me chamavam até de a defensora dos fracos e oprimidos, porque eu me enfiava nas brigas, dizia quem estava certo, quem estava errado. Eu tinha isso forte em mim: querer resolver a situação dos outros, mas isso nunca foi bom, porque, no final, as coisas se ajeitavam e eu virava a intrometida. Claro, cresci, amadureci e comecei a entender isso melhor. Hoje, me seguro bastante, estou mais tranquila.

– A Zefa é muito simples. Você é uma pessoa vaidosa?
– Sou supervaidosa, mas não sou refém. Eu gosto muito de me cuidar, fazer prevenção, usar cremes. Mas se precisar sair na rua sem maquiagem, saio. Eu tinha uma fama na minha família de que, às vezes, de noite, quando precisava ir ao mercado, eu ia de pijama. Para a Zefa, não posso fazer as unhas, as sobrancelhas, mas vivo tranquilamente. O que mais gosto é de me entregar para as pessoas não verem a Paula, mas sim a personagem que está no ar.


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– Você é atriz, cantora, empresária. Como concilia tudo?
– Foram fases da minha vida. Quando terminei I Love Parai­sópolis, lancei meu primeiro disco. Sempre gostei de cantar, mas nunca me profissionalizei, sou uma atriz que canta. Logo depois, me tornei mãe e queria curtir esse momento. Então, de fato me afastei. Nesse meio-tempo, surgiu a oportunidade de abrir a franquia de uma loja. Eu, meu marido, minha irmã e meu cunhado focamos nesse projeto e deu muito certo. Hoje, temos várias lojas de duas franquias diferentes. Virou meu plano B, algo que me dá um pouco mais de segurança.



– Mas é com o plano A que o coração bate mais forte, né?
– É, não tem jeito! Por eu crescer em uma família que vem do universo das artes, em alguns momentos me questionei se era isso mesmo que queria ou se eu estava indo no embalo. Tentei fazer outras coisas. Fiz dois anos e meio de Direito, estagiei no TRF, mas não era o que eu queria. Por gostar de cantar, fui fazer fonoaudiologia. Depois de um ano de faculdade, larguei. Por gostar de beleza, fiz um curso técnico de estética de dois anos, montei um espaço, tive essa experiência, mas não dava, sabe? Sou o tipo de pessoa que se vira. Se eu precisar trabalhar em qualquer coisa, eu vou estudar, vou aprender e vou fazer, porque não gosto de ficar parada. Eu acho que tenho que correr atrás. Mas tem aquilo que a gente ama fazer e aquela coisa que a gente faz porque precisa, né? Com tudo isso, me convenci a não desistir, a continuar lutando pelo que amo fazer e eu estou aqui!


FOTOS: Selmy Yassuda. AGRADECIMENTO: o Rio Olympic Golf Course


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