Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor

SEXTA-FEIRA SANTA DA PAIXÃO DO SENHOR.


“Deus não pode mais do que dar-nos o seu amor.” É nesta certeza que, continuamos a aproximar-nos do grande mistério da Páscoa do Senhor Jesus."




Hoje é dia dois de abril, Sexta-Feira Santa da Paixão do Senhor.


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"Esta oração permite unir à via-sacra de Jesus todos os que carregam o peso de uma cruz nas suas vidas".




Escuta algumas passagens da Paixão do Senhor, segundo o Evangelho de São João, Jo 18, 1-8; Jo 18, 19-27; Jo 19, 2-7; Jo 19, 25-30]

Jesus saiu com os seus discípulos
para o outro lado da torrente do Cédron.
Havia lá um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos.
Judas, que O ia entregar, conhecia também o local,
porque Jesus Se reunira lá muitas vezes com os discípulos.
Tomando consigo uma companhia de soldados e alguns guardas,
enviados pelos príncipes dos sacerdotes e pelos fariseus,
Judas chegou ali, com archotes, lanternas e armas.
Sabendo Jesus tudo o que Lhe ia acontecer,
adiantou-Se e perguntou-lhes:
«A quem buscais?».
Eles responderam-Lhe:
«A Jesus, o Nazareno».
Jesus disse-lhes:
«Sou Eu».
Judas, que O ia entregar, também estava com eles.
Quando Jesus lhes disse: «Sou Eu», recuaram e caíram por terra.
Jesus perguntou-lhes novamente:
«A quem buscais?».
Eles responderam:
«A Jesus, o Nazareno».
Disse-lhes Jesus:
«Já vos disse que sou Eu.
Por isso, se é a Mim que buscais, deixai que estes se retirem».


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“Cristo, tal como aos teus discípulos, perguntas-nos: «Quem sou Eu para vós?» Tu és o Deus Vivo. Tu estás em agonia com aquele que vive momentos de provação. A cada um, Tu diriges um apelo para que Te siga. Tu desces até às profundezas de nós mesmos para carregar aquilo que nos pesa”.




O sumo sacerdote interrogou Jesus
acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. Jesus respondeu-lhe:
«Falei abertamente ao mundo.
Sempre ensinei na sinagoga e no templo,
onde todos os judeus se reúnem,
e não disse nada em segredo.
Porque Me interrogas?
Pergunta aos que Me ouviram o que lhes disse:
eles bem sabem aquilo de que lhes falei».
A estas palavras, um dos guardas que estava ali presente
deu uma bofetada a Jesus e disse-Lhe:
«É assim que respondes ao sumo sacerdote?».
Jesus respondeu-lhe:
«Se falei mal, mostra-Me em quê.
Mas, se falei bem, porque Me bates?».
Então Anás mandou Jesus manietado ao sumo sacerdote Caifás.
Simão Pedro continuava ali a aquecer-se.
Disseram-lhe então:
«Tu não és também um dos seus discípulos?».
Ele negou, dizendo:
«Não sou».
Replicou um dos servos do sumo sacerdote,
parente daquele a quem Pedro cortara a orelha:
«Então eu não te vi com Ele no jardim?».
Pedro negou novamente,
e logo um galo cantou.


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“O apóstolo Pedro amava Jesus, mas teve dificuldade em aceitar um messias impotente. Ser discípulo de um messias humilhado tornou-se de tal forma insuportável para ele que, depois de Jesus ter sido preso, acabou por negá-Lo. Então, Jesus, nas mãos dos soldados, olhou para Pedro. Como é que Pedro sentiu esse olhar? Será que compreendeu que Jesus não lhe tinha retirado a sua confiança?”




Os soldados teceram uma coroa de espinhos,
colocaram-lhe na cabeça e envolveram Jesus num manto de púrpura.
Depois aproximavam-se d’Ele e diziam:
«Salve, rei dos judeus».
E davam-Lhe bofetadas.
Pilatos saiu novamente para fora e disse:
«Eu vo-Lo trago aqui fora,
para saberdes que não encontro n’Ele culpa nenhuma».
Jesus saiu,
trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura.
Pilatos disse-lhes:
«Eis o homem».
Quando viram Jesus,
os príncipes dos sacerdotes e os guardas gritaram:
«Crucifica-O! Crucifica-O!».
Disse-lhes Pilatos:
«Tomai-O vós mesmos e crucificai-O,
que eu não encontro n’Ele culpa alguma».
Responderam-lhe os judeus:
«Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer,
porque Se fez Filho de Deus».




“Ninguém é naturalmente feito para viver o radicalismo do Evangelho. Em cada um, o sim e o não sobrepõem-se.

O terreno está coberto de silvas, sarças e espinhos? Cristo acende um fogo com os espinhos. Permanecem as raízes da amargura, da impossibilidade de amar? Pensamos ter renunciado a Cristo, mas Ele não desiste de nós. Pensamos tê-lo esquecido, mas Ele está aqui.”



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Estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predileto,
Jesus disse a sua Mãe:
«Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo:
«Eis a tua Mãe».
E, a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.
Depois, sabendo que tudo estava consumado
e para que se cumprisse a Escritura,
Jesus disse:
«Tenho sede».
Estava ali um vaso cheio de vinagre.
Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre
e levaram-lhe à boca.
Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou:
«Tudo está consumado».
E, inclinando a cabeça, expirou.




Na cruz, Jesus abre os braços para reunir toda a humanidade e toda a criação no amor de Deus. Vê ao seu lado Maria, a sua mãe, e pede a João, o discípulo que ama especialmente, para tomar conta dela. Assim, muito humildemente, ao pé da cruz, nasce a Igreja.




Jesus Cristo, Tu sofreste e deste a tua vida para que cada ser humano possa saber que é amado por Deus. Através de Ti, descobrimos: nada nos pode separar do amor de Deus. Tu confias-nos esta certeza do Evangelho, que nos reúne numa única comunhão. Concede-nos, por isso, onde quer que vivamos, que estejamos atentos à comunhão da tua Igreja.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amem.

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